segunda-feira, 2 de julho de 2012

Elaboração de Mapas

Antigamente:


OS PRIMEIROS MAPAS
A função dos mapas é prover a visualização de dados espaciais e a sua confecção é praticada desde tempos pré-históricos, antes mesmo da invenção da escrita. Com esta, dispomos de mapas em placas de argila sumérias e papiros egípcios. Na Grécia antiga, Aristóteles e Hiparco produziram mapas com latitudes e longitudes.
Em Roma, Ptolomeu representou a Terra dentro de um círculo. A finalidadeprincipal destes mapas era conhecer o terreno do inimigo para que a conquista fosse eficiente e rápida.

A CARTOGRAFIA MEDIEVAL
Embora durante a Idade Média o conhecimento geográfico tenha sofrido uma relativa estagnação na Europa Ocidental, confinado ao domínio eclesiástico, foram produzidos os mapas OT (orbis terrarum): um T composto pelas águas (Mar Mediterrâneo, Mar Negro e rio Nilo), separando as terras (Europa, Ásia ocidental e Norte de África), dentro de um O (o mundo). No mundo árabe, ao contrário, desde 827 o califa Al Mamum havia determinado traduzir do grego a obra de Ptolomeu. Desse modo, através do Império Bizantino, os árabes resgataram os conhecimentos greco-romanos, aperfeiçoando-os (11 mapa orbis terrarum).
NA IDADE MODERNA
Com a reabertura comercial do Mar Mediterrâneo, especialmente a partir do século XI, os mapas ganharam mais importância, particularmente entre os árabes, que prosseguiram com o seu desenvolvimento.
Em poucos séculos, os mapas de navegação marítima, que passaram a ser valorizados na região mediterrânica, associados aos progressos técnicos representados pela bússola, pelo astrolábio e pela caravela permitiram o processo das grandes navegações, marcando a passagem para a Idade Moderna. Os portulanos introduziram a rosa-dosventos e motivos temáticos passaram a ilustrar as lacunas do conhecimento geográfico.
Embora a cartografia portuguesa tenha conhecido avanços técnicos significativos durante o século XV, será superada, já no século XVI, pela cartografia holandesa.
Atualmente:

écnicas de elaboração de mapas

Instruments like these allow surveyors, geologists and cartographers to take accurate measurements in the field.
Imagem cedida por Dreamstime
Instrumentos como este permitem que agrimensores, geólogos e cartógrafos façam medições precisas no campo.
Em sua essência, os mapas são expressões visuais de medições. As medições para os primeiros mapas muito provavelmente vieram da exploração do terreno local pelos cartógrafos. Conseqüentemente, mais pessoas viajaram e documentaram as localizações de massas de terra e água distantes. Os elaboradores de mapas pessoalmente compilaram essas medições, esboços e anotações em representações de mais partes do mundo. Os cartógrafos também se basearam no conhecimento de seus predecessores, uma tendência que continua com os mapas derivativos atuais, que usam outros mapas como fonte.
Alguns dos mapas atuais também contam com medições físicas tomadas por pessoas. Os agrimensores usam instrumentos para tomar medidas precisas de terra e água, bem como das posições de recursos construídos pelo homem. Essa informação é vital para mapas topográficos precisos. De forma semelhante, os mapas geológicos também confiam nos estudos de campo dos geólogos. Instrumentos aperfeiçoados, inclusive receptores GPS e coletores eletrônicos de dados tornaram essa pesquisa de campo progressivamente mais precisa. Os pesquisadores podem também estudar documentos e registros de vendas e entrevistar residentes locais para determinar os nomes corretos das localidades para áreas não mapeadas anteriormente.

A tecnologia atual também possibilita aos cartógrafos fazer mapas detalhados de lugares em que eles nunca estiveram. O campo dosensoriamento remoto, ou fotografia aérea e por satélite, deu aos cartógrafos uma vasta quantidade de informações novas sobre a Terra. O sensoriamento remoto não é particularmente novo - a primeira utilização de fotografia aérea para elaboração de mapas ocorreu em 1858. Entretanto,seu uso na elaboração de mapas não se disseminou até após a Segunda Guerra Mundial, quando os cartógrafos começaram a usar fotografias de reconhecimento como dados para mapas.
A satellite-based map of China
Imagem cedida pela NASA
Mapa da China baseado em satélite
Na maior parte do tempo, converter imagens aéreas e de satélite em mapas requer a habilidade de um cartógrafo humano. Os cartógrafos podem medir as características de uma imagem em intervalos regulares ou podem traçar contornos completos. Esses dois métodos são conhecidos como codificação por rastreio e vetorial, e ambas podem ser demoradas. Os programas de computador podem ajudar no processo e alguns podem até reconhecer diferenças em fotografias antigas e novas. Isso pode conseqüentemente automatizar o processo de atualização de dados de mapas. Na próxima seção vamos dar uma olhada nos mapas temáticos.


Diferença Entre Mapas e Cartas

MAPA:Representação gráfica de uma superfície plana em uma determinada escala, com a representação de acidentes físicos e culturais da superfície da Terra.



























CARTA: Representação gráfica dos aspectos naturais e artificiais da Terra, destinada a fins práticos da atividade humana, permitindo a avaliação precisa de distâncias, direções e a localização plana. 

Tribos Urbanas


As tribos urbanas, também chamadas de subculturas ou subsociedades (ou metropolitanas ou regionais) são constituídas de micro grupos que têm como objetivo principal estabelecer redes de amigos com base em interesses comuns. Essas agregações apresentam uma conformidade de pensamentos, hábitos e maneiras de se vestir. Um exemplo conhecido de tribo urbana são os punks.] Segundo Michel Maffesoli, o fenômeno das tribos urbanas se constitui nas "diversas redes, grupos de afinidades e de interesse, laços de vizinhança que estruturam nossas megalópoles. Seja ele qual for, o que está em jogo é a potência contra o poder, mesmo que aquela não possa avançar senão mascarada para não ser esmagada por este".
A expressão "tribo urbana" foi criada pelo sociólogo francês Michel Maffesoli, que começou usá-la nos seus artigos a partir de 1985. A expressão ganha força três anos depois com a publicação do seu livro Le temps des tribus: le déclin de l'individualisme dans les sociétés postmodernes.

Características

[editar]Cultura Informal

A cultura das tribos urbanas é informal,[2] bem diferente das organizações ligadas ao "burguesismo"[9] permeadas pelo nosso taylorismo ocidental, que rejeita a emoção e os sentimentos coletivos (coisa típica de uma cultura empresarial[10]). O neotribalismo[6] pratica uma "solidariedade orgânica" que vai de encontro a essa "solidariedade mecânica dos indivíduos racionais"[11] do capitalismo.
Como metáfora explicativa, Maffesoli invoca dois deuses do panteão Grego: Apolo e Dionísio - duas figuras opostas;Apolo, representando a razão e Dionísio, representando o mundano, o "terreno".[12]
Esses grupos não têm projetos ou objetivos específicos[13] a não ser pelo partilhamento, no "aqui-agora".

[editar]Proxemia

As tribos reforçam "um sentimento de pertença" e favorecem "uma nova relação com o ambiente social".[14]
A proxemia das tribos é uma faca de dois gumes. Ela pode, por um lado, ser expressa pela tolerância.[15] Um exemplo disso é a tribo dos clubbers. Incentivados pela filosofia P.L.U.R. - Peace, Love, Unity & Respect[16] - os frequentadores das raves são incitados a respeitar o "meio ambiente e outras pessoas, independente de credo, raça, religião, gostos e opiniões".[17] A outra face dessa "homossocialidade" tribal é a exclusão do "diferente" a partir da violência, coisa bem presente no fanatismo e no racismo de algumas tribos.[18] Os boneheads em geral enquadram-se aí, tendo como inimigos declarados os negrosestrangeirosgayscomunistas e militantes ativistas de extrema-esquerda (anarcopunks[19] e redskins, por exemplo).

[editar]Não-Ativismo

O neotribalismo não se opõe frontalmente ao poder político como o faz o proletariado. Isso não quer dizer, no entanto, que as tribos urbanas sejam passivas[20] ou que não prestem atenção no jogo político.[21] O que as tribos fazem é evitar as formas institucionalizadas de protesto (comíciosgreves e piquetes) das quais o proletariado se vale.[22] A resistência das tribos é mais "subterrânea"[15] valendo-se - por exemplo - da música para afirmar sua não-adesão à "assepsia social" dos mantedores da Ordem.[23] Essa "desqualificação" praticada pelas tribos, com o tempo, "corrói progressivamente a legitimidade do poder estabelecido".[15]

[editar]Fluidez & Estabilidade

Maffesoli destaca algo paradoxal nas tribos urbanas. Elas são instáveis e "abertas",[24] podendo uma pessoa que participa delas "evoluir de uma tribo para a outra".[25] Por outro lado, essas tribos alimentam um sentimento de exclusividade[26] e um "conformismo estrito" entre seus participantes.[24]

[editar]Críticas

[editar]Convivência

Há de se questionar até que ponto é verdadeira essa "convivência" entre tribos apregoada por Maffesoli.[27] Rivalidades entre tribos urbanas (mods e rockers, por exemplo) têm sido registradas desde os anos 1960 na Inglaterra[28] e, desde então, os conflitos vem crescendo bastante. Num artigo escrito para a Rolling Stone americana (dezembro de 1980), Dave Marsh lamentava a falta de união entre punks e headbangers na década de 1980.[29] Os conflitos recentes entre punks e carecas paulistas,[30][31][32] cujo o fato mais marcante foi quando carecas do ABC obrigaram dois jovens a pular de um metrô em movimento,[33]
Como assinalara o próprio Maffesoli, o pós-modernismo retoma muitos elementos do pré-modernismo, mas já corrompidos por residuos do modernismo, a exemplo do rock.
(wikpédia)